terça-feira, novembro 22, 2005















Na Alma

Quarta-feira, sozinho em casa. Acabei de chegar de uma jornada emocional. Ir pra São Paulo sempre me afeta muito, de uma maneira que não consigo verbalizar.
Coloco o DVD d’O Rappa pra tocar.
Preparo meu café.
Sento pra comer antes de ir trabalhar.
Toca "Mar de Gente".
Eu desabo.
Choro.
Me limpo.
Parece que tiro um peso do peito.
Parece que nunca tinha prestado atenção nessa música, nessa letra.
Ou então, ela nunca tinha feito tanto sentido.
Sempre penso que só eu sou atingido dessa maneira pela música.
Mas não sou o único.
Espero que não.


Mar De Gente - O Rappa

by Marcelo Falcão/Marcelo Lobato/Xandão/Lauro Farias

Brindo à casa
Brindo à vida
Meus amores
Minha família

Atirei me ao mar
Mar de gente
onde eu mergulho sem receio
Mar de gente
onde eu me sinto por inteiro

Eu acordo com uma ressaca guerra
Explode na cabeça
E eu me rendo
a um milagroso dia
Essa é a luz que eu preciso
luz que ilumina, cria
e nos dá juizo

Lutar com a maré
sem se distrair
Tristeza e pesar
sem se entregar
Mal. Mal vai passar
Mal vou me abalar

Esperando
verdades de criança
Um momento bom
como
Lutar com a maré
sem se distrair
Navegar é preciso
Se não a rotina te cansa
Tristeza e pesarsem se entregar

Interesses na Babilônia
nevoeiro
Poços em chamas
tiram proveito
Passa passa passa passa passa
É passageiro
Arte ainda se
mostra primeiro
Uma onda segue
a outra assim o mar
olha pro mundo.

segunda-feira, novembro 21, 2005










Ainda bem que acabou a segunda.

domingo, novembro 20, 2005

O Dia da Vingança!

Sou fã da revista TPM, que é um revista feminina/feminista muito bacana, moderna, inteligente e principalmente bem-humorada. Muito do bom humor vem da Nina Lemos, que é uma das garotas do 02 Neurônio e também responsável pela coluna "Badulaque", que entre outras coisas tem "A Não Entrevista do Mês". Hilária!!
Fuçando no site da TPM vi estas dicas de como irritar o povo de telemarketing. Tem coisa mais chata que ser importunado por alguém tentando te empurrar algo?
Uma vez um cara do JB queria que eu fizesse assinatura do jornal e eu "estaria ganhando" um aparelho de DVD. Eu disse que não tinha televisão, o que faria com o DVD? Ele parece que nem ouviu o que eu disse, repetiu tudo. Eu falei de novo que não tinha tv, e desliguei.
É foda porque eu sei que as pessoas estão trabalhando, tentando ganhar o seu honestamente, mas agir feito um robô não dá! Até já pensei em trabalhar com isso, pra conciliar a vida teatral sem grana com um trabalho com grana, mas quando saí do transe, vi que é uma roubada trabalhar enganando os outros. Imagina eu, que não consigo vender nem água no deserto, vendendo algo por telefone?

Como irritar um operador de telemarketing

Depois de estudar atentamente os manuais de telemarketing (é sério), bolamos estratégias infalíveis (e cruéis) para você se livrar da praga. Experimente sem dó!!!
Do site da revista TPM - http://www.revistatpm.com.br

por Bruno Torturra Nogueira

1. Imite alguém famoso
Uma das primeiras perguntas dos serviços de telemarketing é: "Com quem estou falando?". Responda na hora: "Silvio Santos, rarái!". Ou imite alguém famoso de sua preferência e tente levar a conversa normalmente. Ele vai ficar confuso e desligar. Funciona sempre.

2. Finja-se de gago
Se um atendente perde muito tempo com um cliente, é tido como improdutivo e corre o risco de perder o emprego. Use isso a seu favor. Logo na primeira resposta, dê início a uma gagueira insuportável, daquelas em que se leva mais de um minuto para terminar um simples "obrigado". Em dois tempos o atendente desliga.

3. Jogue com as armas dele/dela
Assim que o operador se apresentar, emende: "Desculpe interrompê-lo, mas não posso falar agora. Por que você não me deixa o telefone da sua casa que eu ligo mais tarde, depois das dez da noite?". O telemarketeiro fatalmente dirá que não pode fazer isso e nessa hora você inicia um discurso sobre as inconveniências de ser importunado no sossego do lar. Tenha certeza de que ele/ela desligará antes de você.

4. Chá de cadeira
Diga na primeira oportunidade: "Espere um minutinho, sim?". Deixe o telefone de lado e aproveite para fazer um chá, lavar louça. De minuto em minuto, convém voltar ao gancho e dizer: "Só mais um minutinho, tá oquêi?".

5. Finja-se de surdo
Qualquer coisa que lhe for dita ao telefone responda com um sonoro: "O quê?!", ou "Como?!", ou "Não escutei...". Nunca responda outra coisa. Um dos mais eficazes métodos.

6. Responder tudo na língua do pê
Nenhum manual de telemarketing diz o que fazer quando o cliente só se comunica na língua do pê. Nossos interlocutores desistem já na segunda frase do diálogo.

7. Conte a história da sua vida
Dê uma de carente. Qualquer pergunta que o atendente fizer deve ser respondida com desabafos, casos longos e monótonos de sua vida e confissões de carência. "Que bom que você ligou... há tempos que eu só conversava com meus periquitos..." Pergunte se o atendente não quer ser seu melhor amigo. Peça para ele jurar que a partir de hoje ele vai te ligar todos os dias. Nunca mais ele liga.

8. Peça socorro
Interrompa o atendente e diga que você está sendo seqüestrado, que sua casa está
em chamas e que seu filho está tentando o suicídio. Peça desesperadamente para o
atendente chamar a polícia e os bombeiros e desligue em seguida.

9. Aja como em um trote
Duvide de que se trata de um telefonema real. Diga coisas como: "Ah, Meio-Quilo, pára de sacanagem! Eu sei que é trote!". Insista fanaticamente nessa idéia até que o atendente desista de você.

10. Simule uma masturbação
Assim que o atendente terminar a primeira frase diga coisas como: "Isso, hummm, continua, vai, não pára, não. Ohhhhhhhh".


Bom aproveito. Depois diga-me como foi a sua experiência (mal posso esperar pra alguém me ligar. Como disse minha amiga Cris "- Acho que vou ligar pra Claro agora e pedir pra eles me ligarem.").

sexta-feira, novembro 18, 2005

TODO CHEFE É FILHO DA PUTA!


Tenho quase certeza disso, pois na minha longa carreira trabalhista só tive chefe desse tipo, uns mais, outros menos, mas todos FDP!

- Tem o tipo legal, que faz gracinhas, sai contigo, até dá aumento, mas nunca paga o que você merece de verdade;
- Tem o tipo emocional, que age como se realmente se importasse com você, com sua vida, se preocupa com sua saúde, te chama pra ir na casa dele.
- E o FDP real, que te fode de toda maneira, ganha grana nas suas costas, dá bronca à toa, não te paga nada e ainda finge que trabalha.

Esse é o tipo que tenho atualmente. Mas uma hora essa porra tem que melhorar! Nem que seja eu a virar o chefe e foder todo mundo.

"Eu sou guerreiro - guerreiro ninja
Sou trabalhador
E todo dia
Vou encarar
Com fé em Deus e na minha batalha
Espero estar bem longe
Quando tudo isso passar"
O Rappa - Lado B Lado A

quinta-feira, novembro 10, 2005


VICIADO!!
Não é o disco que se espera da Nação Zumbi. Os tambores estão mais baixos, as guitarras menos gritantes, não é pra pogar no show. Mas FUTURA é viciante! É o típico disco que, quanto mais se escuta, mais se quer escutar. Minha primeira impressão foi: "Fudeu! Eles fizeram um disco ruim!". Juro que eu pensei isso, afinal o disco é todo climático, não tem o batuque que a gente tá acostumado. Climático não seria o termo correto, tem muitos elementos eletrônicos, batidas diferentes do tradicional maracatu, eles viajaram no som - no bom sentido.
Chico Science era dia, sol, alegria, som pra se escutar na praia, tomando cerveja.
Nação Zumbi é noite, clima, diversão, pra se dançar no auge da festa.
O cd CSNZ é a síntese disso, ali eles meio que definiram o caminho que seguiriam sem Chico, mesmo que inconscientemente. E com este Futura eles confirmaram esta escolha: é um disco pra adultos, pra pessoas atenadas nos sons novos, não é rock pra molecada. Tô bastante curioso pra vê-los ao vivo, como eles vão resolver a parte eletrônica, os beats, sints e game-boys.
Escute "Na Hora de Ir", que vai num crescendo, com Pupillo arrebentando na batera, parece que as caixas de som vão arrebentar, "Memorando", a que mais se parece com a Nação que a gente tá acostumado, um som bem dançante, com um violão à la Jorge Ben - será influência de Los Sebosos Postizos? - e "O Expresso da Elétrica Avenida", mezzo surf music, mezzo eletrônica, mezzo hardcore. Bem, ouça o disco todo, porque
SÓ NAÇÃO ZUMBI EXPULSA DEMÔNIOS DAS PESSOAS!

quarta-feira, novembro 09, 2005


NADA MUDA!

Estou lendo este livro, publicado em 1977 - ano em que eu nasci. São crônicas engraçadíssimas sobre o Brasil nos anos 70, com sua corrupção, censura, enchentes, incompetência política, esse tipo de coisa. Ou seja, sobre o país de 2005.
Alguns setores tiveram uma melhora considerável, já não temos a máquina da censura funcionando como antes, mas em outros... Parece que nada muda, a política continua a mesma merda, as cidades continuam do mesmo jeito, o povo apático, enfim. Estamos quase nos anos 70. Ou, se preferirmos, no século XVIII, XVII, por que eu acho que sempre foi assim e sempre será.
Sou meio cético quanto à situação melhorar, pois não vejo nenhum setor da sociedade se mobilizar para nada, nem mesmo em causa própria. Não acredito nem no MST, pois toda ideologia, por mais bela que seja, acaba sendo deturpada pela grana, ganância, ambição e politicagem. Crescer me fez um cara totalmente sem fé , mesmo eu amando a arte e vendo coisas belas sendo feitas. Mas ao olhar o ser humano de um modo geral, fico sempre com o pé atrás. Vejo muita burrice, falta de vontade e apatia, e me coloco na roda também, não sou melhor que ninguém não, só penso um pouco diferente da maioria.
"Até quando esperar
a plebe ajoelhar
esperando a ajuda do
divino Deus?"

terça-feira, novembro 08, 2005

Aqui no Rio tá chovendo, fazendo frio, ventando. Ou seja, voltei pra SP.
Eu tô com falta de sol.
Tô desbotando. Posted by Picasa

segunda-feira, novembro 07, 2005

Eis que, após muito tempo longe das letras, ele retorna.
Será que dessa vez é pra sempre?
Será que ele não desistirá no meio do caminho?
Quem poderá responder senão ele mesmo?
É acompanhar, meus amigos,
e ver onde isso vai dar.
Se é que vai dar em algum lugar...