terça-feira, novembro 28, 2006

Meu irmão, aos 19 anos, fazendo jus aos genes que carrega, se meteu numa cagada federal, e de uma maneira que não vai sair nunca mais. Espero que ele torne-se forte, encare a vida, saia da merda e seja homem pra ver o que fez e cresça.
Acho que é pedir demais.

domingo, novembro 26, 2006


SHOWS, SHOWS e + SHOWS!!!


Começou em setembro e acabou ontem - eu acho (?!?!).
Uma onda de shows que eu, como fanático que sou, fui a todos.
Acho que o palco é onde a banda mostra o que é de verdade. Se um show é bom, a banda tem algum valor - nem sempre um show bom = banda boa. Tem bandas boas que tem shows ruins. Mas geralmente show bom = banda boa.
Que confusão - é a ressaca de ontem...
Vou tentar lembrar de tudo.



CORDEL DO FOGO ENCANTADO
- FUNDIÇÃO PROGRESSO - 16/09/06

Lançando o disco novo, que ninguém conhecia - só haviam 2 músicas no site, e ''Morte e vida Stanley'' e ''Louco de Deus'' eles já tocavam antes, lá fui eu pra Fundição ver o Cordel no seu habitat natural, o palco.
A primeira vez que vi Cordel foi assim. Tinha ouvido falar deles, fui ao Sesc Belenzinho ver Mestre Ambrósio, e eles, que abriram o show, destruiram tudo! Parecia que um caminhão tinha passado no palco.
A Fundição tava até cheia, mas não lotada, muito por causa do ingresso de 50 reais, com os fãs bicho-grilo-ano-2000-PUC-UERJ por todos os lados. O show de abertura do
Zéu Britto animou muita gente, mas não a mim! Definitivamente, não gosto do som, apesar dele ser um cara bacana.
O Cordel começou com 7 músicas do novo Transfiguração, então ninguém fez nada! Era um estranhamento total. Eles não são uma banda fácil, e ainda começa com um monte de música que ninguém conhece, esperar o quê? O som tava totalmente embolado, um problema de 9 entre 10 casas de show no Brasil, então virou um show morno, bem diferente do que costuma ser os shows do Cordel. Fazer o quê né? As músicas antigas ficaram meio sem graça, tocaram por obrigação, mas o pior show deles ainda é melhor que a média...
O aparato cênico deles é impressionante, com dois insetos infláveis gigantes no fundo, iguais aos da arte do cd, que sumiam de acordo com a luz, e dois bonecos atrás de uma grade nas laterais do palco. E a luz é um show à parte, de tão linda.
Não dá pra julgar essa turnê por esse show, pois além de tudo o que escrevi, eles experimentaram muito nesse primeiro show. É o preço de ser vanguarda - ou cobaia!

ROBBIE WILLIANS - APOTEOSE - 18/10/06

Sim, eu fui! E o melhor: DE GRAÇA!
Estava eu no escritório, quando o Dé consegue 2 convites, e como eu fiquei botando pilha pra ele ir pro show, já que é fã, ele me chamou pra ir junto. E lá fui eu!
Chegamos em cima da hora, e ainda tentei achar a Marianna, então entrei na terceira música. Como o cara é britânico, começou o show exatamente às 21 h. No Rio de Janeiro, isso é o mesmo que começar sem ninguém.
O show foi muito bom, uma produção fantástica, e o cara é um show-man! Divertido, sacana, tira sarro de todo mundo, das fãs que fazem cartazes WE LOVE YOUR HAIR, do cara que tá no show e fica mandando ele se fuder, dos maconheiros, de tudo. Muito engraçado.
A música é um pop inofensivo, até Want You Back ele cantou. Gostei muito de Rudebox, uma música nova.
Ainda encontrei com a Marianna no início, vi a camiseta do OK GO dela, e o resto dessa história esta no blog dela.
Esse show é a prova de que, se você não é preconceituoso e tem bom humor, qualquer lugar fica bom - Poliana Moça nos shows - hahahaha
É sério, fui só pra ver qual era e me diverti muito. Mas não virei fã.



TIM FESTIVAL - MARINA DA GLÓRIA - 27 E 29/11/06

No primeiro dia eu estava com convites, que chegaram no escritório e tive que fazer um pequeno tumulto, por que todo mundo quis ir, mas ninguém nem sabia quais eram as atrações. Encontrei com a Marianna, ganhei minha camiseta do OK GO feita por ela, esperamos o Leandro e lá fomos nós.
Sempre acontece umas coisas estranhas comigo: tinha dois ingressos pro palco que não queria, o Lab. Peguei um assim mesmo, e fiquei com a pulseira dele e o ingresso na mão, minha meta era ver o Daft Punk, mais pelo hype do que por ser fã - confesso.
Na hora que começou o show eu fui pra fila, como quem não quer nada, e consegui enganar o cara que conferia os ingressos. HAHAHAHAHAHAHAHA - EU SOU FODA!
Lá dentro, um palco de outro planeta e dois robôs humanos [?] levando uma multidão à loucura com uma som poderoso, alto - mas não destorcido, aleluia! - e um jogo de luzes impressionante! Como é bom ser ignorante! Digo isso por que, após o show, fui baixar tudo do Daft Punk, e o show que eles fizeram é exatamente o mesmo em todo lugar, não muda nem uma música! Mas isso não tira o mérito deles, por que o show é muito bom. Como era meu primeiro contato do terceiro grau com os robôs, me esbaldei: dancei até não aguentar mais.

No dia 29 fui ver Beastie Boys, que tava esgotado há um tempão. Tava com uma expectativa danada, por que eles costumam ser incendiários ao vivo, eu gostei do To The 5 Boroughs e tenho um vídeo desse show na MTV americana e foi muito legal.
Cheguei na metade do Instituto, que tinha visto ano no Humaitá Pra Peixe de 2004 ainda com o Sabotage. Não foi chato, mas não foi ótimo. Não tenho mais saco pra hip hop, com esses caras que falam do Brasil com tênis e roupas importados, e todo o gestual igual ao de qualquer rapper do mundo. Chega de padronização! Por isso gosto do MV Bill, por que, mesmo sem fugir desse estereótipo hip hop, tem um discurso correto. E o Instituto ao vivo é meio sem sal, parece que falta algo.
O Dj Shadow foi um saco, parecia mais uma palestra de dj do que show. Entre uma música e outra ele ''explicava''. Sem nenhuma presença de palco - timidez tem limite! - a única coisa legal eram as projeções, que iam junto com a música. Ainda entra um mc muito do mala, que tentou ''agitar a galera''.

Beastie Boys - o palco vazio, só com uma plataforma pro MixMaster Mike, e os 3 senhores, pais de metade das bandas dos anos 90 no Brasil. Começaram com Root Down e Triple Trouble, todo mundo pulando alucinado, quando me dei conta que não estava ouvindo nada! Parecia aqueles idiotas que pulam em Minha Alma nos shows do Rappa. Saí da muvuca e fui pro fundo, observar o show. E não foi tão legal. Eles pareciam cansados, entre uma música e outra falavam baixo, mais entre eles do que pro público, o MCA nem vinha na frente do palco, só AD Rock parecia estar curtindo o show de verdade. E pra mim show não é só tocar e pronto - até pode ser, mas não no Tim! Eles já não tinham nada no palco, e ainda por cima a luz era uma merda! Acabava uma música e continuava tudo acesso, uma geral branca no palco todo, sem criatividade nenhuma, ainda mais depois do Daft Punk e Dj Shadow. E as músicas eram um best of deles, que começavam iguais ao disco e no meio mudavam pra outra versão, geralmente pior. Não gostei!
Muito pela falta de tesão deles, que fizeram uma apresentação burocrática. Acho que fui o único que não gostou, pois toda a imprensa falou bem - mas que vai acreditar na imprensa?!?
No foto acima estamos eu, Ma Roque e El Dgi, destruídos e suados, sobreviventes do Daft Punk.



PATO FU - LONA CULTURAL DE VISTA ALEGRE - 04/11/06

AMO Pato Fu! E acho que sou o único dentre os meus amigos que gosta deles. Por eles serem pop, mineiros, não levantarem bandeiras, acho que não tem muito apelo pro público roqueiro nem pros adolescentes, alvo principal das bandas.
Esse show deveria ter acontecido há um tempo, mas por causa de uma tempestade, acabou transferido. Estava ansioso pra revê-los ao vivo, já que a última vez foi no Canecão no lançamento do Ao Vivo, em 2004, eu acho. E também por que o último cd deles, ''Toda Cura Para Todo Mal'' é simplesmente perfeito, chega a doer de tão bom.
O show teve abertura do Armatrux, uma apresentação de bonecos que tocam numa banda, muito bacana. Me lembraram os Gorillaz, nas devidas proporções, claro.
E o Pato Fu entrou, pra pouco público, basicamente de gente que conhecia pouca coisa deles - as que tocam na rádio e novela - e alguns fanáticos.
Eles são muito bons ao vivo, divertidos, mais pesados que no cd, e ainda tocaram a música da Unimed (que a Cris tinha me perguntado à tarde qual era chance deles tocarem) e Agridoce, que eu amo. Muito bom!



BLACK EYED PEAS - ANHEMBI - 11/11/06


Fui do Rio pra SP pra ir ao show, mas o principal motivo foi levar o Ruizinho ao primeiro show da vida dele.
Chegamos no Anhembi, e como ele é ansioso, quase não conseguia falar de tanta excitação. Eu tava mais do que orgulhoso de fazer parte da sua vida, pois sei que é algo que ele recordará pra sempre.
Depois de uma confusão na entrada que até saiu na Folha - http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u65985.shtml, conseguimos entrar. O cara que colocaram pra abrir o show era mais do que ridículo. Ricardo Marques, um cantor medíocre, cantando todas as músicas que tocam no rádio, de Jota Quest à Armandinho, e conseguindo piorar tudo. E ainda cantou The Wall assim: We JOHN ni no eduqueixon!
Depois de um atrasado de mais de 1 hora, toca o tema da 20th Century Fox e emenda com Hey Mama! Foda! Eles aparecem no topo de uma escada no palco, na frente do telão, e vão descendo lentamente até a borda, primeiro Taboo e Will, e depois Apl com a Fergie, que sempre descia acompanhada - acho que ela tem medo!
Eles são muito bons, um pop com qualidade, mas no limite da farofada. Que teve de sobra no show! Falavam ''Sao Paolo'' toda hora, ''Brazil'', ''obrigadow'', até encheu o saco um pouco. Mas eles dão o sangue no palco, parecem se divertir mesmo, não têm estrelismo, não se exibem sem necessidade, cantam pra caramba, principalmente a Fergie. Além de linda, carismática, dança e rebola muito e canta pra caralho! Em ''Shut Up'', depois de um teatrinho fingindo chorar - ó a farofada!- ela levanta e começa a cantar e dar estrela no palco. Muito foda!
Tocaram todos os hits, meu sobrinho gostou, eu fiquei mais fã do que antes, e agora estou pensando se vou no ano novo em Ipanema vê-los novamente. Vai ser foda - no bom e mau sentidos!

EDDIE E BINÁRIO - CORDÃO DO BOLA PRETA - 25/11/06

''Quem não chora não mama, segura meu bem, a chupeta
Lugar quente é na cama, ou então no Bola Preta''

Foi exatamente na sede desse clube de carnaval o show. Bem no centro do Rio, um calor desgraçado, um lugar meio cafona, com colunas de espelho e teto bem baixo, mas o clima tava bem legal.
Binário foi foda! Sabe abrir um sorriso quando você escuta uma música que te agrada? Foi assim o show todo deles. Difícil explicar o som, pesado, balançado, rápido, se o Instituto fosse rock seria assim, mas não só. Comprei o disco depois do show por R$5,00 [!!!!], e fiquei decepcionado por que não tem nada a ver com o som do show, uma pena! Queria aquele som, aquela sensação em casa também!
Eles fazem umas projeções durante o show, e como o Bola Preta mais coluna que outra coisa, eles projetaram nelas, o que fez o show ficar ainda mais psicodélico. Daft Punk perde em inovação!
O Eddie é uma das bandas mais legais ao vivo. Vira uma festa só, eles se divertem, o público sai feliz, e a vida fica melhor! Ainda tocaram VideoGameSongs do primeiro cd (que eles não tocam mais ao vivo, ou renegaram), o que me fez ter uma síncope! Como diz 04 - FUDEROSO!

Dia 01 tem Cordel no Circo e dia 16 O Rappa na Fundição, mas acho que não vou - será?!