terça-feira, janeiro 31, 2006

Chove Chuva!

Começou a chuva de novo aqui no Rio.
Sexta eu perdi um show do Pato Fu.
Domingo fiquei num labirinto de água
tentando achar uma rua que não estivesse alagada.

É vingança da natureza?
Incompetência dos governantes?
São as águas de março chegando antes - ou atrasadas?

Não sei. Li ontem que 2005 foi o ano mais quente da história da Terra.
Se continuar nesse ritmo vai haver mais catástrofes como o maremoto na Ásia, furacões nas Américas do Norte e Central, ondas de calor na Europa, esse tipo de tragédias que os evangélicos dizem ser sinal do apocalipse, os espíritas dizem ser renovação da Terra, os ecologistas dizem ser uma respostas da Terra á sua agressão e os maconheiros não dizem nada, só ficam curtindo a onda...

Mas deixa eu ir embora nadando!

sábado, janeiro 28, 2006

Mais uma da série - músicas que falam sobre mim.

VIDA DIET
(Pato Fu)
A gente se acostuma com tudo
A tudo a gente se habitua
E até não ter um lugar
Dormir na rua
A tudo a gente se habitua
Me habituei ao pão light
À vida sem gás
O meu café tomo sem açúcar
E até ficar sem comer
Sem te ver
A gente custa mas se habitua
Sem giz, sem água
Sem paz, sem nada
Não vai ser diferente
Se eu me for de repente
Se o céu cai sobre o mundo
E o mar se abrir
Em um inferno profundo
Se acostumou sem querer
Ao salto alto
Salário baixo, à vida dura
E até ficar sem tv
É bom pra você
Televisão ninguém mais atura

::
Ontem eu veria o show deles,
não fosse a tempestade torrencial que caiu sobre o Rio e alagou tudo,
até a minha rua.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Nova Nação
(ou o fim do punch)


Nunca um show da Nação Zumbi foi tão perfeito como o último no Circo Voador, dia 20 de janeiro. Perfeito no sentido profissional da palavra: som nítido (apesar de bastante alto a ponto de distorcê-lo), iluminação maravilhosa, toda em cima da psicodelia em preto e branco do Futura, com uma lâmpada fosforescente em cada canto do palco, muito estrobo, sombras e fumaças, e o som da Nação Zumbi, cada vez tocando melhor e melhor e melhor, com mais personalidade e sem deixar um rótulo de pé depois de tocarem.
Mas... eu sempre tive medo que as bandas que eu gosto virassem uma merda, como aconteceu com o Raimundos, por exemplo. Ou que não gostasse mais da mesma maneira que antes, como com o Sepultura. Ou que o show não fosse mais tão bom, como com o Pato Fu. E esse show da Nação foi algo totalmente diferente dos últimos que vi, e do DVD Propagando. Lógico que é outro disco, outro show, outro dia, mês e ano, mas, ou eles estavam cansados, ou de saco cheio, ou eu estou ficando velho e nostálgico, o que deve ser mais provável.
Desde que Chico Science morreu a Nação ficou diferente, e não tinha como ser de outra maneira. Eu até hoje não tenho mais nenhum ídolo por causa desse fato. E esta mudança era uma coisa que eu vinha pensando ultimamente por causa dos sons que tenho baixado no Orkut. Baixei um show de Chico Science e Nação Zumbi no Festival de Montreaux, em 1995 ou 96, no lançamento do Afrociberdelia. Como o show deles era dançante, alegre, vivo! Uma celebração, um carnaval, uma festa! Chico era um frontman muito forte, no palco eram 7 pessoas mas ele dominava tudo, o palco e o público, sem ser metido e cheio de marra, de uma maneira simples. Ele era até meio farofeiro (no bom sentido), fazia uh-uh e mandava o público responder ao seu comando, dançava pra caramba, batia palma, essas coisas. Daí a tragédia que foi a sua morte. E a responsabilidade da Nação prosseguir e principalmente de Du Peixe ser o novo frontman foram muito pesadas. Eu que não queria estar no lugar dele!
Depois de um início onde pareciam perdidos no palco, eles acharam a maneira nova de entreter seus fãs, e fizeram muito bem. Até o surgimento de Los Sebosos Postizos, onde eles tocam Jorge Ben ''em tom menor''. Sentados num banquinho, sem a força dos tambores pra tacar fogo na audiência, o som é muito bom, mas a atitude de palco fica a desejar... Acho que essa nova fase deles vem um pouco daí, do ''tom menor''. No próprio DVD dá pra notar isso, como Du Peixe interage pouco com o público. O único momento que lembra Chico é quando Bola 8 canta Banditismo e Satélite na Cabeça.
Não tô aqui querendo comparar Du Peixe com Chico, nem ser saudosista e nostálgico como os roqueiros que acham que só os anos 70 prestam, mas a Nação deveria achar sua maneira de ser no palco, sem o peso que Chico possa estar exercendo - que eu penso não existir mais - nem o desânimo que eles vêm demonstrando.
Tudo isso é só porque eu amo a Nação Zumbi, tenho certeza que ela é a uma das melhores e mais inteligentes banda do Brasil, e mesmo que ela grave um cd acústico de axé com o Latino, vai continuar sendo ''a minha Nação''.


O SHOW

Eu nem sabia quem abriria o show quando entra Bnegão e Seletores de Freqüência. Foda! Nem uma hora de show mas tocaram muito. E ainda teve a já clássica Dança do Patinho.
A Nação começou com 3 do Futura - Hoje, Depois e Amanhã, Na Hora de Ir e Respirando, eu acho - num peso que não existe no disco, porém menor do que nas músicas antigas. Tocaram Risoflora de uma maneira ducaralho, com peso, uma barulheira da guitarra de Lúcio, que mesmo que todas essas bandinhas de hardcore se juntassem não conseguiram chegar nem perto. E ainda citaram Siba e Fuloresta no meio de Mormaço. Tocaram Ogan de Belê , que tem um clima parecido com o Futura, e terminaram com uma Mangetown e Da Lama Ao Caos tão arrastadas que se as pessoas que vão a show prestassem atenção no som e não em si próprias, não pulariam nem se bateriam tão desesperadamente. Mesmo com as ressalvas, eu prefiro mil vezes um show da Nação Zumbi do que dois do Dibob.

- Deveria ter duas fotos ilustrando este texto, mas a bosta do Blogger não está coloborando!

terça-feira, janeiro 17, 2006

Precisa dizer mais alguma coisa?

ORIGINAL OLINDA STYLE ROOTS!!

Eddie é du caralho! O show foi perfeito - música pra dançar, clima bom, todo mundo se divertindo.
E tudo isso por R$ 10,00!
Com o ingresso mais barato do U2 dava pra 20 pessoas verem o Eddie.

"Pode me chamar que eu vou
Eu vou
Quando me quiser eu vou
Eu vou
Eu já tô aí

Sem muita coisa pra levar
Sem quase nada pra fazer
Sem muita coisa pra dizer
E pra começar
Pode me chamar que eu vou

Você vai cair na festa

Você vai cair na festa
Com toda alegria que puder levar
Você vai cair na festa
Em todos os cantos,
Em todo lugar
Você vai cair na festa..."

segunda-feira, janeiro 16, 2006

ANO NOVO

2006 começou frenético! Acho que nunca trabalhei tanto num início de ano. Duas estréias - Camila Baker e Norma -, todos os pepinos de produção pra resolver, mas tá sendo ótimo.

Fiz 29 anos, meu aniversário foi do caralho, todos os meus amigos lembraram, pelo telefone, Orkut, pessoalmente ou mentalmente.
Ainda bem que nem parece que tenho quase 30 anos, senão eu tava pirando. Nunca tive tanta certeza do que quero, e faz tempo que não me sentia tão bem quanto agora.
Tô aprendendo a me controlar, a não ficar triste a toa, a ser mais adulto em certas coisas, a saber pra onde ir. Eu tô ficando muito foda! :)
Preciso só deixar de ser preguiçoso e fazer mais exercícios!